SÃO PAULO – Procurado pela polícia como o principal suspeito da morte do ator Rafael Henrique Miguel, de 22 anos, Paulo Cupertino Matias, de 48 anos, possui diversas passagens policiais. Segundo o delegado titular da Equipe de Intervenção Estratégica da 6ª Seccional de Polícia, Fernando Bessa, o suspeito tem passagens por roubo, lesão corporal e ameaça. De acordo com o policial, Matias não aceitava o namoro de sua filha com o ator.
— Há passagens da década de 90 em uma investigação que se deu por roubo a banco, por exemplo. São ocorrências antigas, estamos investigando — disse o delegado ao EXTRA.
Ainda de acordo com Bessa, consta nos registros que Matias já esteve preso anteriormente. O delegado não soube dar detalhes sobre essa prisão porque os investigadores ainda estão trabalhando no levantamento de sua ficha corrida. Até a tarde desta segunda-feira, ele ainda não havia sido localizado, pois fugiu logo após o crime, na tarde de domingo.
De acordo com o boletim de ocorrência, Rafael e os pais, João Alcisio Miguel, de 52 anos, e Miriam Selma Miguel, de 50, foram mortos a tiros por Matias, na tarde de domingo, na Estrada do Alvarenga, no bairro Pedreira, Zona Sul de São Paulo.
O jovem interpretava o personagem “Paçoca” em Chiquititas e ficou famoso por estrelar um comercial em que pedia brócolis para a mãe no mercado.
Rafael e os pais teriam ido até a casa da namorada do jovem para conversar sobre o relacionamento deles, já que o pai seria contra o envolvimento dos dois.
— Ao que tudo indica, essa seria a motivação do crime — explica Bessa.
Consta no boletim de ocorrência, segundo o delegado, que eles estavam conversando próximo ao portão com a mãe da garota, quando o pai chegou e, sem falar nada, disparou tiros contra as vítimas. As três morreram no local.
— As informações ainda são muito preliminares e as testemunhas presenciais, mãe e esposa do atirador, passaram mal no dia do ocorrido, e ainda não foram ouvidas — enfatiza Bessa.
Rafael Miguel e os pais serão velados e enterrados nesta segunda-feira, no Cemitério Campo Grande. O caso foi registrado como homicídio na 98ª Delegacia de Polícia, onde foi instaurado inquérito, e a 6ª Seccional de Polícia trabalha em conjunto nas investigações.