A Concessionária do Aeroporto de Salvador informou, por meio de nota, nesta terça-feira (04) que já enviou uma carta a Presidência da República se manifestando a favor do veto ao artigo 2º PLV 6/2019, que determina a volta da franquia de bagagem gratuita de 23 quilos para voos domésticos e internacionais. Atualmente, somente quatro países mantém a franquia obrigatória: Rússia, Venezuela, China e México.
A aprovação do projeto na íntegra é apontada, no documento, como barreira para o desenvolvimento do mercado de aviação comercial na Bahia, especialmente no aeroporto da capital, que já sofre os impactos da suspensão dos voos da Avianca. A companhia aérea respondia por 27% da movimentação de passageiros do terminal e pela operação de quatro rotas exclusivas (Bogotá, Petrolina, Aracaju e Maceió). Destinos importantes como Rio de Janeiro e Recife passaram a ser monopolizados por uma única companhia aérea.
“A interrupção das operações desta companhia, cujos efeitos já são sentidos nos preços, tem desencorajado novos viajantes, impactando negativamente a economia local”, diz um trecho da carta sobre as consequências da redução da oferta num mercado concentrado como o da aviação comercial. A solução apontada é a entrada das companhias “low cost”, conhecidas pelos preços atrativos das passagens, possibilitado pelos custos reduzidos de operação. Bastante interessadas em ingressar no mercado doméstico brasileiro, por conta do próprio PLV 6/2019 que autorizará até 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas, elas encontrarão um ambiente menos favorável com a volta da franquia das bagagens.