O governo federal informou nesta segunda-feira (27) que a venda de títulos públicos pelo Tesouro Direto bateu recorde ao somar R$ 10,190 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano. No mesmo período do ano passado, ainda segundo informações do Tesouro Nacional, as vendas haviam somado R$ 5,076 bilhões.
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 e permite a pessoas físicas a compra de títulos públicos pela internet, por meio de bancos e corretoras. No começo deste ano, a taxa de custódia do Tesouro Direto, cobrada pela bolsa de valores B3, passou para 0,25%, contra os 0,3% para 0,25% vigentes anteriormente, informa o G1.
Ao mesmo tempo, os investidores resolveram revender antecipadamente (antes do vencimento) para o Tesouro Nacional R$ 5,726 bilhões em títulos públicos de janeiro a abril deste ano.
Considerando o volume das emissões e dos resgates, nos quatro primeiros meses deste ano, de acordo com o Tesouro Nacional, houve uma emissão líquida (colocação de títulos públicos no mercado) acima do volume de resgates, de R$ 3,194 bilhões.
Com a emissão líquida de títulos do Tesouro Direto de janeiro a abril, o saldo total (estoque) de títulos em mercado alcançou o montante de R$ 59,299 bilhões em abril, uma alta de 9,34% em relação a dezembro de 2018 (R$ 54,233 bilhões).
De acordo com o Tesouro Nacional, 893.521 novos investidores se cadastraram no programa nos quatro primeiros meses deste ano. Além da redução da taxa de custódia em janeiro deste ano, o Tesouro Nacional avaliou, recentemente, que um “forte movimento das próprias instituições financeiras” para vender mais o produto (Tesouro Direto) contribuiu para o aumento do número de investidores.
Com o movimento do mês passado, o número total de investidores cadastrados ao fim do mês atingiu 4.006.824, o que representa aumento de 88,3% nos últimos 12 meses. O número de investidores “ativos”, por sua vez, chegou a 1.006.547 em abril deste ano, uma variação de 67,6% nos últimos doze meses.