Um grupo de pesquisadores do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas, desenvolveu uma molécula fungicida contra a vassoura-de-bruxa que pode ser constituir na base para a fabricação de fungicidas que destruam a praga. A informação foi dada em primeira mão pelo jornalista e economista Armando Avena que manteve contato com o pesquisador Gonçalo Amarante Guimarães Pereira, professor titular da Unicamp, que coordena a pesquisa. Sua equipe analisou o complexo mecanismo do fungo que se vale de uma enzima, a oxidase alternativa, para conferir à vassoura-de-bruxa resistência a fungicidas.
A equipe passou então a pesquisar moléculas que inibindo essa via, conseguiam matar o fungo. Após testar 74 moléculas, os pesquisadores chegaram a molécula nomeada de NPD 7j-41, que foi eficiente contra a vassoura-de-bruxa. O teste foi feito em ensaios de laboratório, mas é preciso que empresas interessadas ou mesmo o governo disponibilize recursos para que o experimento saia do método experimental e torne-se um fármaco com produção em escala industrial. Em artigo no jornal Correio, o economista Armando Avena afirma que, se o fungicida for desenvolvido, a produção de cacau, que chegou as 400 mil toneladas anuais, gerando uma receita cambial de quase 1 bilhão de dólares pode voltar a ter o mesmo dinamismo, ampliar o PIB baiano e gerar mais de 50 mil empregos diretos no curto prazo. ” A cultura do cacau desestruturou toda a economia do litoral sul, seu ressurgimento pode gerar mais de 50 mil postos de trabalho, pois é uma cultura absorvedora de mão-de-obra e a retomada da produção pode fazer a Bahia ser novamente o líder mundial da cacuicultura”, disse o economista ao portal Bahia Econômica. Veja o artigo na íntegra.