Uma espécie de caneta capaz de detectar células tumorais em poucos segundos foi desenvolvida por uma cientista brasileira de 33 anos no laboratório de pesquisa da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos. Livia Eberlin, que é formada em Química pela Universidade Estadual de Campinas, criou junto com sua equipe um dispositivo, parecido com uma caneta, capaz de extrair moléculas de tecido humano e apontar, no material analisado, a presença de células cancerosas. A tecnologia está em estudo, mas já teve resultados promissores ao ser usada na análise de 800 amostras de tecido humano.
Em entrevista exclusiva ao jornal Estado de São Paulo, a pesquisadora explicou que a caneta, batizada de MacSpec Pen, tem como principal objetivo certificar, durante uma cirurgia oncológica, que todo o tecido tumoral foi removido do corpo do paciente. Isso porque nem sempre é possível visualizar a olho nu o limite entre a lesão cancerosa e o tecido saudável. “Muitas vezes o tecido é retirado e analisado por um patologista ainda durante a cirurgia para confirmar se todo o tumor está sendo retirado, mas esse processo leva de 30 a 40 minutos e, enquanto isso, o paciente fica lá, exposto à anestesia e a outros riscos cirúrgicos”, explicou Livia.(ESP)