João paulo Almeida
Na passagem do 4º trimestre de 2018 para o 1º trimestre de 2019, houve diminuição do número de pessoas trabalhando em quatro dos dez grupamentos de atividade investigados na Bahia. Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-58 mil pessoas) e construção (-37 mil pessoas) tiveram os saldos mais negativos. Por outro lado, os setores de transporte, armazenagem e correio (mais 30 mil pessoas trabalhando), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (mais 27 mil pessoas) e a indústria de transformação (mais 19 mil pessoas) tiveram os maiores saldos positivos nessa comparação.
Em contato com o portal Bahia Econômica, o presidente do Sindicato dos Lojistas do Estado da Bahia Paulo Mota, explicou que o desemprego no comércio tem crescido devido a realidade de insegurança econômica que o comércio se encontra no Brasil. Segundo ele a expectativa gerada com a mudança de governo não está sendo cumprida e o setor está sofrendo com queda nas vendas.
“O Brasil ainda não passa para o empresário a segurança econômica e política necessária para se investir no comércio. O setor tem aqueles momentos de contratações temporárias muito pontuais em dezembro e depois sofre sempre com perdas na vendas e falta de investimento. O novo governo chegou e a expectativa de mudança e crescimento econômico ainda não foi realizada e o setor ainda sofre efeitos de uma grande crise”, disse o presidente.
A atividade de transportes também liderou no aumento de trabalhadores frente ao 1º trimestre de 2018, com mais 62 mil pessoas trabalhando. Em seguida veio o grupamento de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (mais 30 mil pessoas trabalhando frente ao 1º tri/2018). Os maiores saldos negativos nesse confronto anual vieram dos setores de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-36 mil pessoas trabalhando) e outros serviços (-24 mil).