O ministro da Educação, Abraham Weintraub, partiu para o ataque na tarde desta quarta-feira, 15, durante audiência na Câmara para explicar os cortes na Educação. Ao defender o uso de recursos recuperados de corrupção na área, afirmou ter a ficha limpa, não ter passagem pela polícia e ter sua carteira assinada. Em seguida, de forma irônica, provocou os deputados: “Fui bancário. Carteira assinada. Viu, azulzinha, não sei se vocês conhecem”, afirmou, provocando vaias de parte dos parlamentares que assistia a audiência. Um coro se formou, com deputados gritando “demissão”.
Weintraub foi convocado por parlamentares para explicar o contingenciamento na área da educação. Numa exposição de 30 minutos, uma versão revista da que ele expôs no Senado há alguns dias, o ministro defendeu a prioridade para creches e educação básica, irritando os parlamentares, por não falar diretamente sobre o contingenciamento determinado pelo governo.
Diante das primeiras críticas, Weintraub adotou um discurso agressivo e citou a ex-presidente Dilma Rousseff, atribuindo a ela e ao ex-presidente Lula a situação atual da educação no Brasil. “Não somos responsáveis pelo contingenciamento atual na educação”, disse.
Diante dos gritos ele elevou o tom para falar sobre o ex-presidente Lula que, ressaltou “hoje está preso.” O ministro afirmou que uma colega teria sido demitida por influência do ex-presidente, que teria pedido o cargo da funcionária à presidência do banco Santander, depois de ela fazer críticas ao ex-presidente. “O amigo do banqueiro e o Lula que pediu a cabeça da colega de profissão. Foi o Lula que humilhou e falou que era para o banco pagar o bônus para ele.” Minutos depois, mais calmo, ele disse estar “aberto ao diálogo.”