Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda de 6,6% na produção industrial da Bahia, na comparação com março de 2018, foi resultado do desempenho negativo da indústria de transformação (-7,2%), uma vez que a indústria extrativa teve crescimento de 4,0%. Das 11 atividades da indústria de transformação pesquisadas separadamente no estado, 8 tiveram recuos de produção. Os destaques, em termos de magnitude da queda foram para fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-43,8%) e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-32,6%).
Entretanto, por seu peso na estrutura industrial do estado, a retração da produção de veículos foi a que teve maior impacto no resultado do setor em geral, com influências negativas de todos os produtos pesquisados. O segmento voltou a recuar após ter crescido em fevereiro (14,7%) e já tem uma queda acumulada de 8,4% no primeiro trimestre de 2019. Já a fabricação de equipamentos de informática, embora não tenha tanto peso na indústria baiana em geral, registrou, em março, a sexta queda consecutiva (recua desde outubro de 2018) e já acumula, em 2019, retração de 33,2%.
Outro setor importante para o desempenho negativo da produção industrial na Bahia em março foi o de fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis. Um dos mais importantes na estrutura da indústria do estado, ele recuou pelo terceiro mês consecutivo (-8,1%) e exerceu a segunda principal contribuição negativa para o resultado geral, com influência importante da redução na produção de gasolina.
Por outro lado, das três atividades da indústria de transformação com alta de produção em março, os impactos positivos mais fortes vieram da metalurgia (49,8%) e da fabricação de bebidas (16,5%), com influência, respectivamente, de insumos para construção civil e da produção de cerveja e chope.