A despeito da frustração generalizada com indicadores econômicos no início do ano, os primeiros balanços de multinacionais estrangeiras mostram animação com os negócios no Brasil. De acordo com a coluna Painel S.A, da Folha, a maioria das companhias que já divulgou os resultados do primeiro trimestre diz que está otimista ou registrou crescimento no país.
A coluna analisou 28 conferências de resultados que citaram o mercado brasileiro com alguma ênfase. Em 75% dos casos o tom era positivo. Dirk Van de Put, presidente da Mondelez, disse que “o Brasil está melhorando. Não está totalmente estável, há incertezas macroeconômicas ali. Mas, de modo geral, os negócios voltaram a crescer.”
Ainda conforme a Painel, entre as empresas que mencionaram o país positivamente estão Avon, Volkswagen, Unilever e Mastercard. Algumas estão mais pessimistas, caso da Schindler, de elevadores e infraestrutura. “O humor no Brasil definitivamente piorou. Acho que teremos outro ano muito, muito desafiador”, disse o presidente Thomas Oetterli. Entre as críticas ao Brasil, uma empresa chamou a atenção: a mineradora americana Cleveland-Cliffs, que tem o brasileiro Lourenço Gonçalves como CEO.
Conhecido nos EUA por chamar um analista de “vergonha para seus pais”, Lourenço diz agora que o Brasil se tornou “um fornecedor não confiável de minério de ferro” após Brumadinho. Em entrevista à rede CNBC em outubro, afirmou que sua acidez dá notoriedade à empresa. Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.