O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse ontem à rádio Jovem Pan esperar que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) permaneça no Ministério da Justiça. Ele afirmou que o conselho estava “esquecido” no Ministério da Fazenda e garantiu que o ministro Paulo Guedes, da Economia, não quer o Coaf. “Guedes não quer o Coaf, ele tem uma série de preocupações, tem a reforma da Previdência. A tendência lá é ele (Coaf) ficar esquecido e na Justiça temos ele como essencial”, disse.
O ministro também afirmou que quer o Congresso como “parceiro” na votação do projeto anticrime. Ele afirmou entender que o Legislativo “tem seu tempo”, mas frisou que gostaria que o texto fosse votado o mais rapidamente possível. “Claro que gostaríamos que isso fosse votado o mais breve possível, mas temos que respeitar. É um novo Congresso, assim como é um novo governo”, disse.
Sérgio Moro defendeu também que os ministérios da Justiça e da Segurança Pública continuem parte da mesma Pasta. Segundo ele, parte relevante das atribuições da segurança pública estão, na verdade, dentro do Ministério da Justiça e, por isso, separá-las geraria “um inconveniente”. O presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Roberto Leonel, defendeu em entrevista ao Estado a permanência do órgão no Ministério da Justiça, para onde foi transferido no início do ano, para não perder o “reforço” que ganhou nos últimos quatro meses. Para ele, um eventual retorno para o Ministério da Economia poderia prejudicar esse processo.(TB)