Por João Paulo Almeida
A variação do dólar no Brasil continua trazendo problemas para alguns setores da economia brasileira. A moeda norte americana chegou a bater R$ 4 reais na última semana atingindo seu maior patamar em sete meses. A reunião da previdência na semana passada fez com que a moeda ficasse muito instável no mercado e o Brasil teve sua expectativa de crescimento reduzida. Em contato com o portal Bahia Econômica, o diretor de estratégia e inovação da empresa de finanças e investimentos Meu Câmbio, Mathias Fischer explicou que a alta da moeda traz impactos diretos tanto para os investidores quanto para aquelas pessoas que necessitam da moeda para manterem suas produções.
“A forte volatilidade do dólar traz como grande fator a incerteza para economia. Tanto pessoas físicas como pessoas tem compromissos em dólar e a falta de previsibilidade gera instabilidade para as empresas que tem compromissos a pagar em moeda estrangeira e não sabem qual o melhor momento de fechar o câmbio e para as pessoas físicas com viagens marcadas ou que tenham compromisso no exterior, que se programaram com determinado nível cotação da moeda estrangeira e agora se veem desembolsando mais caixa”.
Mathias explica que nas exportações, “ as oscilações de grande magnitude por períodos curtos costumam não ter grandes impactos na Balança de Pagamentos, dado que a maioria das operações são financiadas e, sendo assim, apenas as operações chamadas prontas pegam as maiores oscilações. Se o dólar se mantiver estável por um período mais longo acima da faixa de 3,90, daí sim poderemos ter um aumento de exportação dado que, certos produtos podem se tornar mais atraentes para exportar ao invés de vender no mercado local”.
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