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CRISE NA AVIANCA FAZ PASSAGENS AÉREAS SUBIREM DE PREÇO

Redação - 25/04/2019 09:15

Desde que a companhia aérea Avianca entrou em recuperação judicial, em dezembro do ano passado, uma turbulência sacudiu o setor de compra e venda de passagens. Os preços dispararam. Em Salvador, viajar para alguns destinos está custando o dobro se comparado ao período antes da crise. Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav), Jorge Pinto, os destinos mais impactados saindo da capital baiana foram Rio de Janeiro e São Paulo. Neste último, o valor dos trechos mais que dobrou. “É a regra simples da oferta e da procura. Houve uma diminuição do número de voos oferecidos, então, eles ficaram mais caros. A gente (agências de viagens) está sentindo o impacto, mas esperamos que seja passageiro”, afirmou.

“No caso do Rio de Janeiro, as únicas companhias em Salvador que tinham voos diretos para o estado eram a Avianca e a Gol. Agora, temos apenas a Gol. As outras companhias fazem escalas, o que encarece o valor das passagens”, contou Jorge. E no pacote da crise da empresa, foi anunciado nets quarta (24) que, a partir de segunda-feira (29), a Avianca vai operar em apenas quatro aeroportos do país: Congonhas (SP), Santos Dumont (RJ), Brasília (DF) e Salvador.

O Correio fez uma pesquisa que mostra que quem pretende comprar a passagem de ida e volta para São Paulo, para a próxima semana, vai ter que desembolsar de R$ 1,8 mil a R$ 3 mil. Caso a viagem aconteça no final de maio, a variação fica entre R$ 700 e R$ 2,2 mil. Já quem se planeja para julho vai pagar de R$ 900 a R$ 2,6 mil. A maioria dos voos para São Paulo são diretos para os aeroportos de Congonhas ou Guarulhos, bem diferente do que acontece quando o destino é o Rio de Janeiro. Quem pretende ir e voltar da capital carioca vai precisar ter paciência. Há voos com até três escalas. Para a próxima semana, os valores para o Rio variam de R$ 1,6 mil a R$ 2,7 mil. No final de maio, as passagens custam de R$ 700 a R$ 2,5 mil e, em três meses, de R$ 1,2 mil e R$ 2,8 mil. Antes da crise, o percentual variava de R$ 600 a R$ 800.

Os voos para o Nordeste também registraram alta. Uma viagem de ida e volta para Fortaleza (CE), na próxima semana, pode superar os R$ 2 mil. A mais barata custa R$ 800. No caso de Recife (PE), a variação é de R$ 800 a R$ 2,9 mil, quando antes era de R$ 400 a R$ 500. Nessas duas cidades, os preços ficam mais em conta se os passeios forem planejados. É possível encontrar passagens por cerca de R$ 600 no final de maio ou julho.

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