As vendas no mês do Dia das Mães deste ano na Bahia deverão crescer 9,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, conforme aponta a projeção da Fecomércio-BA. A expectativa é de crescimento em todos os setores envolvidos de alguma forma com a data comemorativa ̶̶ considerada a segunda mais importante do calendário do varejo nacional. O destaque tende a ser o setor de vestuário, tecidos e calçados com alta de 21,3%. Tradicionalmente é o segmento que aparece no topo da lista nas pesquisas de intenção de presentear, uma vez que envolve produtos de menor valor.
Na sequência vem o setor de farmácias e perfumarias com projeção de 10% de aumento de vendas, já que perfumes e cosméticos também figuram no alto da lista de intenção de compra. Já as lojas de departamentos tendem a crescer 8,5%; móveis e decoração com 7,9%; supermercados com 6,7% e eletrodomésticos e eletrônicos com 2,7%. Este último sofre mais pela dependência do crédito, o que neste momento há relativa restrição por parte dos consumidores.
“Pode parecer uma expectativa de vendas muito otimista diante de um cenário cercado de incertezas na política e economia, entretanto a base de comparação ainda é muito fraca, o que quer dizer que mesmo alcançando estes resultados, os setores estarão vendendo num patamar ainda muito inferior ao período pré-crise”, explica Guilherme Dietze, consultor econômico da Fecomércio-BA. Como exemplo, se a projeção de aumento de 21,3% do setor de vestuário se confirmar, ainda estará 15% abaixo do mês de 2013, quando foi, até então, o melhor da série histórica. E isso se repete para as demais atividades, excetuando-se os setores de produtos essenciais.
Pesquisa de Consumo das Famílias – E outra informação que contribui para a análise positiva é que o Índice de Intenção de Consumo das Famílias, da Fecomércio- BA, apurado na cidade de Salvador, cresceu 15,6% em março contra o mesmo mês de 2018. Além disso, o item Perspectiva de Consumo, aquele que mede como serão os gastos das famílias e da população soteropolitana em geral nos próximos meses, pulou para 33,1%. “Ou seja, o quadro prévio das condições econômicas das famílias neste ano está mais favorável do que no ano passado. Mesmo sendo específico da capital baiana, pode-se extrapolar esta tendência para todo o Estado”, completa o economista.
Portanto, o comércio deve registrar crescimento das vendas neste que é o período mais importante para o varejo no primeiro semestre. Apesar do aumento da incerteza e de uma relativa redução do otimismo nos últimos meses, o setor ainda tem conseguido performar positivamente, e com isso mantendo o emprego e a renda das famílias baianas.