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EM 10 ANOS DO 1º LEILÃO DE EÓLICA NO PAÍS, BAHIA ASSUME PROTAGONISMO

Redação - 01/04/2019 19:15

Em dezembro deste ano, o Brasil completa 10 anos do primeiro leilão competitivo exclusivo para energia proveniente de fontes eólicas, realizado pela Aneel (agência Nacional de Energia Elétrica). Em uma década, o país saiu do zero para se tornar o 8º maior produtor de energia eólica no mundo, de acordo com dados da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica). No centro desta mudança, a região Nordeste e o protagonismo da Bahia, que é líder nacional com 30,58% da comercialização de parques nos leilões de energia e ocupa o 2º lugar na geração desta fonte renovável.

Nesses 10 anos, foram investidos no estado R$ 13,7 bilhões e criados mais de 40 mil empregos diretos na fase de construção dos 147 parques que estão operando. Essas usinas têm com capacidade instalada de 3.730 MW e beneficiam 23 municípios baianos. “Os bons ventos levaram desenvolvimento, emprego e renda para nosso semiárido tão sofrido. A Bahia gera hoje 1.330 GWh/mês e tem capacidade para abastecer cerca de 11 milhões de residências, beneficiando 33 milhões de habitantes”, afirma o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico (SDE), João Leão.

O primeiro complexo eólico baiano começou a operar em 2011, em Brotas de Macaúbas. Atualmente, é controlado pela Statkraft Energias Renováveis que comprou uma fatia da então Desenvix, em 2012, e assumiu o controle da empresa em 2015. “Para nós, o Brasil é um dos principais mercados de crescimento. O Parque Eólico da Bahia é o maior empreendimento detido integralmente pelo grupo, com investimentos de aproximadamente R$ 450 milhões”, afirma Fernando de Lapuerta, CEO da empresa.

Já a ENGIE Brasil Energia chegou à Bahia em 2016, com a instalação do conjunto eólico Campo Largo (326,7 MW), seguido posteriormente da construção do complexo eólico Umburanas (360 MW), que está em fase final de implantação e foi adquirido da Renova Energia em 2017. Os complexos, que ficam em Sento Sé, totalizam investimentos de aproximadamente R$ 3,8 bilhões.

“A aquisição faz parte da estratégia da empresa em ampliar sua matriz energética de fontes eólicas, além de apresentar sinergia com a implantação de Campo Largo, localizado na mesma região e que já está em operação comercial plena, desde dezembro de 2018. Além disso, está previsto para o segundo semestre deste ano a implantação da segunda fase do Complexo Campo Largo, com investimentos viabilizados por comercialização de energia com clientes no Mercado Livre. Esta ampliação irá agregar 360 MW de capacidade instalada e conta com investimento estimado em R$ 1,7 bilhão”, afirma José Laydner, diretor de Geração da ENGIE Brasil Energia. Com a segunda fase de Campo Largo, a empresa ultrapassará 1.000 MW de capacidade instalada em energia eólica só no estado da Bahia.

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