O Banco Central reduziu de US$ 35,6 bilhões para US$ 30,8 bilhões sua estimativa para o rombo nas contas externas neste ano. A informação está no relatório de inflação do primeiro trimestre, divulgado pela instituição nesta quinta-feira (28). De acordo com o BC, as “perspectivas de desaceleração do crescimento global e a redução na projeção do Produto Interno Bruto (PIB) doméstico em 2019, condicionaram a revisão para baixo na estimativa de rombo”. A lógica é que, com uma expansão menor do PIB – cuja previsão de alta caiu de 2,4% para 2% neste ano – a economia brasileira comprará menos produtos e insumos do exterior. Com isso, o rombo da contas externas será menor.
Com o crescimento menor da economia, a expectativa da instituição é de que a balança comercial também tenha um resultado melhor em 2019. Em dezembro, o BC estimou um superávit (exportações menos importações) de US$ 38 bilhões para 2019 – valor que subiu, no documento divulgado nesta quarta-feira, para US$ 40 bilhões de saldo positivo. “A revisão da balança comercial de bens reflete a redução na projeção de crescimento econômico doméstico, bem como os efeitos da tragédia de Brumadinho sobre as exportações de minério de ferro e da expectativa de safra de soja menor neste ano”, informou o BC.