Balanço anual do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) mostra que a instituição financeira aplicou na Bahia um total de R$ 10,8 bilhões em 2018, um crescimento de 92,2% em relação ao ano anterior. A maior parte dos recursos – ainda segundo o balanço – foram investidos em crédito de longo prazo, que conta com juros subsidiados do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e atende clientes de todos os portes e setores da economia. Em toda a área atendida pelo banco – os 9 estados nordestinos mais o norte de Minas e o norte do Espírito Santo – foram aplicados R$ 43,6 bilhões somados recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE, R$ 32,7 bi do total), operações de microcrédito e outras também com fontes internas.
De acordo com a instituição, todos os 1.990 municípios da área de atuação do BNB receberam recursos do FNE, sendo que empreendimentos localizados no semiárido receberam R$ 16,3 bilhões. Ao todo, foram contratadas quase 5 milhões de operações de crédito no exercício, 64,8% a mais que em 2017. Os financiamentos de longo prazo, destinados a investimentos rurais, industriais, agroindustriais, infraestrutura, comércio e serviços foram destinatários de 75,7% dos recursos e somaram R$ 33 bilhões, divididos em 577 mil operações. Outro dado é que R$ 2,9 bilhões foram contratados por micro e pequenas empresas, valor 10,8% superior ao registrado em 2017. Na agricultura familiar, o Banco do Nordeste aplicou, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), R$ 3,1 bilhões, com 9,5% de crescimento. O programa de microcrédito urbano, o Crediamigo, aplicou R$ 8,95 bilhões, em 4,24 milhões de operações. No microcrédito rural, o Agroamigo investiu R$ 2,5 bilhões em, aproximadamente, 506,8 mil operações para produtores rurais.
Lucro – No período, o lucro líquido do Banco do Nordeste foi apurado em R$ 725,5 milhões, valor 6,4% maior do que em 2017 ( R$ 681,7 milhões). O resultado operacional da instituição no ano foi de R$ 1,243 bilhão e indicou crescimento de 8,3% em relação a 2017. Para a diretoria do BNB, o aumento do lucro tem como principais fatores a redução de 15% nas despesas com aprovisionamentos para créditos de liquidação duvidosa, inclusive as decorrentes de coobrigação com o FNE, e o crescimento de 9,4% das receitas de prestação de serviços, o que representa elevação de R$ 212,3 milhões em relação ao exercício anterior.