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AGRICULTORES DA BAHIA ESTOCAM SOJA À ESPERA DE MELHOR PREÇO

Redação - 13/03/2019 08:03

Até agora os produtores rurais do oeste da Bahia só comercializaram 42% da safra de soja deste ano. Ano passado, nesta mesma época, mais de 70% dos grãos já tinham sido vendidos para o mercado internacional. O “freio” no ritmo das negociações tem sido uma escolha dos próprios agricultores, que estão preferindo aguardar melhores cotações, informa o jornal Correio.

Os produtores rurais costumam negociar a produção através das trades, empresas especializadas na compra da safra que ainda vai ser colhida. É um sistema de mercado futuro, onde as empresas compram antecipadamente a produção que ainda está no campo, estabelecendo preços fixos para os grãos, independente das variações de mercado.Atualmente o preço da saca está girando em torno de R$ 65, em média. O valor, abaixo dos praticados no ano passado, é considerado estável, mas muitos produtores ainda acreditam que a cotação pode subir. Não há pressa, quando bem armazenado o grão pode ficar guardado por um longo tempo, mais de um ano.

“Estamos armazenando os grãos em silos e vamos esperar o melhor preço para fechar negócio. Agora é o momento de esperar, para ver se as cotações voltam a subir. Os produtores que tem armazéns estão estocando. Aqueles que não tem estão guardando nas empresas à espera de um melhor preço. Não dá para vender por este valor, até porque os custos de produção aumentaram”, afirma Cícero Teixeira, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães, que representa mais de 680 agricultores de seis municípios da região.

As indefinições do mercado internacional são os principais fatores a influenciar nas baixas cotações do produto. A prolongada crise comercial entre Estados Unidos e China é um dos motivos. As vendas entre os dois países continuam travadas, a ponto da super safra americana continuar estocada, e já começar a apodrecer nos armazéns. É que os agricultores americanos também estão esperando melhores cotações para comercializar a produção, e aguardam cautelosos o fim do embate diplomático com os compradores asiáticos.

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