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AEROPORTO DE SALVADOR PASSA POR GRANDE REFORMA E TRADE ESPERA MELHORIAS

Redação - 12/03/2019 09:15 - Atualizado 12/03/2019

A partir da segunda quinzena de abril, uma primeira etapa das obras no equipamento será inaugurada e o embarque doméstico mudará de lugar. Até novembro de 2021, o terminal será expandido em 34%. Com as mudanças, ao embarcar para um dos 21 destinos nacionais, o passageiro fará check-in nos guichês das companhias aéreas – que voltarão a ficar no formato linear – e seguirá para um novo espaço no segundo pavimento, acima da praça de alimentação. Novas escadas e quatro elevadores estão sendo instalados.

Logo ao chegar no novo local, chamado de pré-embarque, o passageiro terá o cartão de embarque lido por leitores automáticos (BCBP – Bar Coded Boarding Pass) que serão instalados. Em seguida, vem a revista de pré-embarque, com os detectores de metais e raio-x. Com mais espaço para filas e com nove canais de inspeção, três a mais que atualmente, o setor promete agilizar o embarque.

Liberado, o passageiro seguirá por um corredor, passando por uma área comercial. De lá, descerá para uma nova área construída com lojas e restaurantes, onde será encaminhado para o atual píer de embarque. Nessa área, uma loja no estilo Duty Paid está sendo instalada. Ela terá 780m² e tem o modelo do tipo “walk through” – as pessoas passam pelo meio da loja. Ao todo, são 2 mil m² de novos comércios.

O Aeroporto de Salvador é a porta de entrada e de saída de muitas pessoas que escolhem a Bahia como destino. A primeira impressão  causa impacto direto. É o que explica o trade turístico, que atribui parcela da crise à má gestão do equipamento pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que administrou o aeroporto até janeiro do ano passado, quando a Vinci Airports assumiu. O equipamento passa por obras e terá mudanças no próximo mês de abril na área de embarque.

“A primeira impressão é a mais forte e a última é a que fica. Se não for positiva, o destino não fica bem. O Aeroporto é um tipo de equipamento que não pode apresentar problema. Ele pode até não ser o responsável por trazer mais turistas, mas pode atrapalhar na volta deles para o destino”, explicou Roberto Duran, presidente da Salvador Destination.

Para ele, o equipamento é fundamental para o desenvolvimento do turismo em um local. “A partir de um momento que temos um portão de entrada melhor, começamos a recuperar uma série de voos e destinos que fomos perdendo ao longo dos anos anteriores”, disse Duran. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (FeBHA), Silvio Pessoa, destacou que as alterações realizadas pela Vinci Airports em seu primeiro ano de administração são reivindicadas pelo trade turístico há mais de 10 anos.

“Atender a essa reivindicação já é um progresso. Precisamos de um Aeroporto moderno e à altura da nossa cidade e, infelizmente, o governo nunca teve força para cobrar o federal”, disse. Sílvio Pessoa ainda defendeu a construção de uma nova pista com estudos de tráfegos. “Temos que continuar pensando a médio e longo prazo e não fazer obras para resolver somente problemas de agora. Temos que pensar na expansão e futuro do Aeroporto”, opinou.

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