Após a Dow Química retirar funcionários que trabalhavam próximos à cratera em Vera Cruz, na Bahia, o Instituto Do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) não quis enviar ao Metro1 o relatório feito pelo órgão que recomendava a saída dos profissionais. Durante esta semana, a reportagem procurou o Inema, que limitou-se a dizer que “notificou a Dow Química para que fizesse readequações dentro das instalações da empresa para garantir a segurança de todos os funcionários. Cabe ressaltar que o Inema permanece atento ao caso e aconselhou a empresa a realizar o estudo em questão”.
O órgão estadual diz ainda que a medida foi tomada por “precaução e segurança”. Procurada, a prefeitura de Vera Cruz disse que há um “risco mínimo” de tragédia no local. “Tem um risco de 0,5% de ter rebaixamento do solo. Agimos no princípio da precaução e prevenção, que fazem parte dos princípios básicos do licenciamento ambiental”, afirmou a diretoria de Fiscalização e Licenciamento da cidade, Priscila Veloso. Ainda de acordo com Priscila, a prefeitura não aplicou nenhuma punição à Dow Química, pois essa obrigação é do Inema. “A prefeitura não tem fundamentos legais para multar, pois, primeiro de tudo, a multa que prevaleceria seria a do Estado, pois foi quem licenciou a empresa aqui”, explica.
Segundo a empresa química, no dia 8 deste mês funcionários foram retirados do local. Com esta medida, seis pessoas terão acesso à área de circulação restrita, sendo quatro com permanência apenas esporádica, de acordo com requerimentos operacionais. Os demais desempenharão normalmente as funções, mas em área remota.