A educação básica como instrumento de democracia e de direito à cidadania foram pontos em comum, refletidos pela prefeita Moema Gramacho e o professor e ex-membro do Tribunal de Contas dos Municípios, Zilton Rocha, em conferência de encerramento do Curso de Formação de Gestores da Rede Municipal de Lauro de Freitas, nesta sexta-feira (15), na Escola Dois de Julho, Itinga. Cerca de 150 novos dirigentes escolares eleitos na consulta pública foram certificados.
A temática educação e democracia ganhou centralidade quando a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, pontuou que em sociedades igualitárias o acesso ao conhecimento e à informação são fundamentais para garantir direitos a cidadania. “Prezo e luto em defesa da democracia. A retomada da consulta pública no município é uma conquista da coletividade, aqui representada por vocês, novos dirigentes. Este é um novo momento para uma educação, inclusiva, que busca aprimorar a integração entre todos os membros da comunidade escolar” conclamou Moema.
Com críticas aos novos tempos, Zilton Rocha destacou o compromisso escolar desde a base, o prejuízo de decisões monocráticas e a perda da democracia nas estruturas da república. “A escola funciona como um espaço de fomento a solidariedade e liberdade do conhecimento. Ter gestores eleitos nos leva a reflexão de quem são os detentores da democratização no ato de decisões, de forma a respeitar as diferentes construções e vivências. Mudar é difícil, mas é possível”, Rocha parafraseou Paulo Freire.
Sobre diretrizes para uma gestão escolar pública eficiente, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) promoveu para os novos diretores e vice-diretores uma semana de formação, sendo debatidos os desafios de uma gestão democrática na escola, a função social da educação, programas, projetos e planos educacionais, como responsabilidade do gestor escolar no processo de integração entre estudantes, docentes e comunidade.
Em relação aos desafios da escola, o secretário Municipal de Educação, Paulo Gabriel Nacif, afirmou que os problemas da educação nacional passam longe de questões políticas partidárias; são, sim, a evasão escolar, falta de formação continuada e de investimentos em recursos educacionais. “Em meio a conjuntura do país, estamos lutando para que o processo de ensino-aprendizagem ultrapasse os muros da escola. Nosso município está bem representado por gestores, líderes, que respeitam a coletividade e que projetam a diversidade do seu território educativo”. Enfatizou.