Após visita ao ex-presidente Lula na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, o ex-governador Jacques Wagner disse que Lula estaria “extremamente indignado e injuriado” e alega ter disso condenado “sem provas”, contestando a decisão em primeira instância, proferida pelo juiz Sérgio Moro, e referendada pelo TRF-4, num colegiado de desembargadores, que, inclusive, aumentou a pena para 12 anos e um mês.
“Ele é um homem indignado com a injustiça, porque o senso de justiça é algo que ele carregou a vida inteira, e ao mesmo tempo extremamente preocupado. Ele é um apaixonado por gente. Ele não é um homem apaixonado por patrimônio”, disse em coletiva posterior à visita, na qual foi acompanhado pela senadora Gleisi Hoffmann, ela mesma denunciada pela Procuradoria Geral da República (PGR) por participação em suposto esquema criminoso investigado pela Lava-Jato, em inquérito no qual figura como ré, ao lado do marido Paulo Bernardo e do próprio ex-presidente.
O ex-governador da Bahia citou a polêmica da semana, quando comentou acerca de uma possível composição de chapa do PT como vice de Ciro Gomes: “Não tem plano A, B,C, vamos com ele [Lula] até o final de linha, que espero que seja dia 7 de outubro. A decisão será do povo brasileiro […] Ele me conhece muito, ele sabe que eu vou com ele até o final de linha. Se acontecer a interdição ele, vamos discutir lá na frente”, destacou.
A senadora Gleisi acrescentou: “Ciro não é pauta do PT nem foi [pauta] da conversa”.