O aplicativo de dublagens de vídeo TikTok alcançou a marca de 75 milhões de downloads em sua plataforma no mês de dezembro de 2018 e bateu recorde de instalações mensais. O crescimento foi de 275% em comparação ao mesmo período de 2017. O levantamento foi feito pela Store Intelligence, software da Sensor Tower, que oferece análises do mercado de apps. Vale lembrar que a plataforma chegou à lista dos mais baixados nos Estados Unidos no mês de outubro, contando com 130 milhões de usuários ativos, e ficando à frente de Instagram e Facebook.
Os usuários do serviço já puderam ver propagandas do GrubHub, aplicativo de delivery de comida, por cinco segundos. Quem preferir pode pular a divulgação em um botão de saída no canto superior da tela. Até então, o TikTok só monetizava ao intermediar as transações financeiras realizadas entre usuários. Por exemplo, quando alguém envia uma quantidade de dinheiro para uma celebridade do aplicativo.
Esse espaço dedicado aos anunciantes pode ser uma oportunidade para as empresas que pretendem se aproximar do público jovem engajado com o aplicativo. Isso porque estes foram os responsáveis pelo crescimento histórico no fim de 2018 – com destaque para a Índia. O país contribuiu com 27% dos downloads feitos entre dezembro de 2017 e dezembro de 2018, período em que o número total saltou de 1,3 para 32,3 milhões.
Na esteira da popularidade do serviço, a receita do TikTok registrou um aumento de 253% – mais que o dobro do mesmo período de 2017 –, refletido nos US$ 6 milhões (cerca de R$ 22,3 milhões) gastos dentro da plataforma. Atualmente, o objetivo é expandir as oportunidades de lucro com anúncios que alcançariam uma audiência estimada em 500 milhões de usuários ativos por mês.
No entanto, os esforços vão de encontro a uma série de polêmicas que envolveram o TikTok nos últimos meses. Uma das mais preocupantes veio justamente da Índia, polo de crescimento da ferramenta. O governo do país asiático tem avançado em uma lei capaz de restringir os vídeos postados na plataforma e a moderação ficará a cargo dos desenvolvedores da plataforma. A intenção é coibir conteúdos sensíveis como violência ou que disseminem informações falsas – a medida faz parte de uma série de ações para evitar as fake news.