O ano de 2018 terminou com criação de vagas formais para pessoas negras e pardas, mas fechamento de postos para brancos, segundo o Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged). De acordo com o site G1, a notícia poderia ser positiva – afinal, o desemprego entre pretos e pardos é historicamente maior no Brasil que entre brancos. No entanto, os dados sugerem que a situação de desigualdade permanece. A lista de postos que mais criaram empregos formais no Brasil conta com ocupações de menor remuneração, como alimentador de linha de produção, faxineiro, auxiliar de escritório e servente de obras.
Enquanto isso, os postos que lideraram as baixas no mercado formal são cargos de supervisão e gerência. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que efetivamente o rendimento médio de negros e pardos é menor que o de brancos. Em 2017, o rendimento real de um trabalhador branco era de R$ 2.615, em média. Enquanto isso, o de um negro ou pardo era de R$ 1.516.