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EM MEIO A PROTESTOS UNIÃO EUROPEIA PEDE ELEIÇÕES LIVRES NA VENEZUELA

Redação - 24/01/2019 07:55 - Atualizado 24/01/2019

A União Europeia fez um apelo na noite de quarta-feira (23) para a organização de “eleições livres e credíveis” na Venezuela. A declaração aconteceu no dia em que o presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó, declarou-se presidente interino. A nota divulgada pela União Europeia, no entanto, não menciona diretamente a iniciativa de Guaidó, que já foi reconhecida por 13 países, entre eles, o Brasil e os Estados Unidos. Nicolás Maduro, que se diz alvo de um golpe, afirmou que não vai se render.

No dia em que os venezuelanos foram às ruas em manifestações pró e contra o governo chavista, a Alta Representante para a Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, afirmou em nota que o povo da Venezuela “pediu maciçamente a democracia e a possibilidade de determinar livremente seu próprio destino. Essas vozes não podem ser ignoradas”. “A UE apela fortemente ao início de um processo político imediato que conduza a eleições livres e credíveis, em conformidade com a ordem constitucional”, diz a nota de Mogherini.

Mogherini ainda defende que “os direitos civis, a liberdade e a segurança de todos os membros da Assembleia Nacional, incluindo o seu Presidente, Juan Guaidó, devem ser observados e plenamente respeitados”. Guaidó já foi detido há alguns dias após declarar estar disposto a assumir a presidência. O secretário-geral da ONU, António Guterres, também fez um apelo pelo diálogo para evitar “um desastre” no país.

Maduro acusou os Estados Unidos — primeiro país a reconhecer Guaidó como presidente interino– de dirigirem uma operação para impor um golpe de estado e anunciou o rompimento de relações diplomáticas e políticas com o país. “Estamos aqui pelo voto do povo. Só as pessoas colocam e só as pessoas removem. Pode um ‘qualquer’ se declarar presidente ou é o povo que elege o presidente?”, questionou.

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