Falta de perspectiva profissional no Brasil é um dos fatores que impulsionam a procura por internacionalização da carreira. Migrar legalmente é o diferencial. Dos brasileiros entrevistados que seguiram a vida no exterior, 78% estão atuando na sua área de formação, 77% em empresas formais e 13% possuem um negócio próprio lá fora. Uma pesquisa recente mostrou que a maioria dos brasileiros deixariam o país para trabalhar e viver no exterior. Entre os entrevistados, 91% afirmaram ter vontade de ter uma experiência profissional internacional. Estados Unidos, Canadá e Portugal são os destinos mais desejados. Priorizando a carreira, para 61% dos participantes ter um emprego garantido antes de partir é fator determinante para impulsionar a mudança, de acordo com a apuração da companhia de recrutamento e seleção Talenses.
Na pesquisa, que foi respondida por 1.470 profissionais brasileiros, dos quais 1.239 vivem no Brasil e 231 no exterior, 80% dos integrantes do primeiro grupo demonstram interessem em ter um trabalho formal em outro país. Na hora de decidir sair do país em busca de oportunidades no exterior, o sonho de viajar e viver outra cultura é o principal motivador (35%), seguido pela crise e o desemprego atual (25%) e pela falta de perspectiva profissional aqui no Brasil (22%). Dos residentes no exterior que foram entrevistados, 90% se dizem satisfeitos com a mudança. Destes, 78% estão atuando na sua área de formação, 77% em empresas formais e 13% possuem um negócio próprio em outro país. No ano passado, uma pesquisa do Instituto Datafolha revelou que a intenção de jovens detentores de nível superior em deixar o país está no nível mais alto dos últimos anos. Dados da Receita Federal indicam que, desde 2014, o número de declarações de brasileiros que deixaram o país em definitivo cresceu 74%. No começo da década, em média, 9.000 pessoas devem o país por ano. Em 2014, foram 12.241. Em 2017, o número chegou a 21.236.