Os fundos de investimento atingiram R$ 4,6 trilhões de patrimônio líquido sob gestão em 2018. A captação líquida no ano chegou a R$ 84,7 bilhões, abaixo dos R$ 263,8 bilhões registrados em 2017 (queda de 68%), de acordo com os dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
“No início de 2018 sabíamos que o resultado do período anterior havia sido atípico para a indústria, refletindo o momento em que a economia dava sinais de retomada. Mantivemos captações positivas ao longo do ano, acompanhando o apetite dos investidores por produtos que agregam maiores riscos e retornos, como os fundos multimercados e de ações”, diz Carlos André, vice-presidente da ANBIMA.
Os multimercados se destacaram pelo segundo ano consecutivo, com ingressos líquidos de R$ 42,9 bilhões em 2018 (contra R$ 88,2 bilhões em 2017). Na sequência, os fundos de ações captaram R$ 27,1 bilhões (R$ 37 bilhões no período anterior) e os de previdência somaram R$ 24,9 bilhões (R$ 42,1 bilhões em 2017). A maior perda do ano foi dos fundos de renda fixa, que apresentaram resgates líquidos de R$ 12,9 bilhões, revertendo a captação positiva de R$ 61,7 bilhões em 2017.
Os fundos de ações trouxeram os melhores retornos aos investidores no ano, acompanhando o desempenho do Ibovespa. O tipo Valor/ Crescimento (que busca retorno pela seleção de empresas cujo valor das ações negociadas esteja abaixo do preço estimado como justo e/ou aquelas com histórico e/ou perspectiva de continuar com forte crescimento), teve performance de 19,5%, seguido pelo Índice Ativo (que tem como objetivo superar o desempenho do índice do mercado acionário) com 17,1%.
Entre os multimercados, o tipo Long and Short Direcional (que faz operações de ativos e derivativos ligados à renda variável, montando posições compradas e vendidas) teve a melhor rentabilidade média da classe no ano, de 14,4%. Já na renda fixa, os fundos de prazos mais longos apresentaram os melhores retornos, como o Duração Alta Soberano (que investe exclusivamente em títulos públicos federais de longo prazo), com performance de 13,3%.