O governador Rui Costa (PT) comentou novamente o déficit da previdência estadual, nesta terça-feira (18), em conversa com jornalistas. Segundo ele, o rombo de R$ 5 bilhões no final de 2019 será “amenizado” pelas propostas enviadas à Assembleia Legislativa, mas não “solucionado” totalmente.
“Que não é suficiente [o pacote de medidas para sanar o déficit], não é. Não existe uma solução, não tem grão de milho que encha sozinho o papo da galinha. Não tem uma solução que resolva R$ 5 bilhões de déficit. É um somatório de medidas, que não chegarão em R$ 5 bilhões, mas amenizarão o problema”, disse. Rui destacou que em 2015 deu início a um processo de reformulação da previdência estadual de modo que evitar que no futuro a situação piore.
“A Bahia foi um dos primeiros estados a aprovar ainda em 2015 que todos os novos servidores estejam na nova previdência, porque o pagamento máximo feito pelo estado é de até R$ 5.600 reais. O restante o próprio trabalhador vai fazer a ‘poupança’ dele e definir como quer retirar esse dinheiro”, explicou.
Segundo ele, a curva exponencial de crescimento da previdência baiana só terminará em 2023, quando ela chegará ao seu auge. “A previsão é que em 2023 seja o ponto crítico da curva. O problema só vai aumentar. Os estados terão que buscar soluções que minimizem o problema. Essa contribuição de 2% [a mais na alíquota] vai agregar apenas 250 milhões de reais aos cofres públicos de um buraco de R$ 5 bilhões. Mas é melhor fazer alguma coisa do que não fazer nada. O enxugamento de cargos possibilita 200 milhões de reais e uma série de outras medidas”.
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