Estudantes do Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP) Bacia do Rio Grande, em Barreiras, na região Oeste do Estado, produziram um bioetanol de banana. A ideia de fazer um combustível obtido através da fermentação controlada e da destilação dos resíduos da fruta surgiu a partir da observação do descarte durante o processo produtivo, do transporte e do armazenamento. A experiência, desenvolvida por meio do Projeto Ciência na Escola, da Secretaria da Educação do Estado, tem chamado a atenção no cenário nacional e será apresentada no 9º Movimento Científico Norte Nordeste (MOCINN), realizado de segunda a sexta-feira (3 a 7), no município de Abaetetuba, no Pará.
A professora orientadora Daiana Silva Rocha destaca o alcance social do projeto: “Ao aproveitamos bananas que seriam descartadas, damos uma opção aos pequenos agricultores da bananicultura de agregar valor a esses resíduos. Trabalhamos com banana madura, mas queremos testar com a fruta verde para ver qual estágio terá maior rendimento de álcool”.
O estudante Jefferson Pereira fala de sua satisfação de participar do MOCINN, evento criado em 2009 por professores que sentiram a necessidade da existência de uma feira itinerante entre os Estados do Norte e do Nordeste, com o projeto intitulado “Gerenciamento dos resíduos sólidos orgânicos da produção de banana para desenvolvimento bioetanol de segunda geração”. “Estou muito feliz e com alta expectativa de apresentá-lo mais uma vez fora do nosso Estado. Todas as viagens que já fizemos em prol deste trabalho foram de muito aprendizado em relação ao mundo acadêmico e da pesquisa. Graças à oportunidade de demonstrar o que a gente aprendeu me vejo cada vez mais pesquisador e me sinto realizado”.
Outro projeto igualmente sustentável, “Uso consciente de energia no ambiente escolar”, realizado pelos estudantes do curso técnico de Informática, João Lucas Batista e Levi Villa Flor, do Colégio Estadual Rubem Nogueira, no município de Serrinha, também será apresentado no evento no norte do país. Este trabalho foi realizado a partir do uso racional da energia elétrica na escola, conforme explica a diretora da unidade e professora orientadora, Judite Sant’Anna Lima. “Os estudantes da disciplina Intervenção Social sugeriram a troca das lâmpadas por LED em todos os ambientes e o resultado foi impressionante na redução do consumo de energia. Na última sexta-feira, experimentamos a placa solar no interior da escola e vamos demonstrar no Pará que é possível um resultado positivo a partir de intervenções sociais”, relatou a educadora, que segue com a delegação da Bahia para Abaetetuba.