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QUASE R$ 1 BI FOI SUPERFATURADO COM PROJETOS E CONSTRUÇÃO DA SEDE DA PETROBRAS EM SALVADOR, DIZ MPF

Redação - 23/11/2018 12:06 - Atualizado 23/11/2018

A procuradora do Ministério Público Federal (MPF), Isabel Vieira Groba, informou hoje (23) em coletiva de imprensa que com o superfaturamento na construção da sede da Petrobras em Salvador, os projetos e a obra do prédio passaram de R$ 320 milhões para R$ 1,3 bilhão. O superfaturamento é alvo de investigação da 56ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada hoje.

Até o momento, 17 pessoas foram presas. Ao todo, há 33 mandados de prisão para 22 alvos. O número de mandados é maior do que o número de pessoas porque alguns dos investigados têm mais do que um endereço. Três pessoas, conforme a Polícia Federal (PF), estão fora do país. Há ainda 68 mandados de busca e apreensão. As prisões ocorreram na Bahia (6 preventivas e 9 temporárias); Minas Gerais (1 temporária); Rio de Janeiro (6 preventivas e 3 temporárias); e São Paulo (2 preventivas e 6 temporárias). Segundo a PF, os presos preventivamente, ou seja, por tempo indeterminado, serão levados à Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.

A PF não divulgou ainda os nomes dos alvos de prisão. Contudo, o G1 apurou que Marice Correa, cunhada do ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Vaccari Neto, foi presa temporariamente em São Paulo. Mario Cesar Suarez, da OAS, também foi preso, mas em caráter preventivo. A prisão dele ocorreu na capital baiana. Já Wagner Pinheiro Oliveira, ex-presidente da Petros e Correios, foi alvo de busca e apreensão no Rio de Janeiro.

Houve superfaturamento nos contratos de gerenciamento da construção, de elaboração de projetos de arquitetura e de engenharia, de acordo com a PF. O nome da sede da Petrobras, em Salvador, é Torre Pituba. O prédio foi construído pela OAS e pela Odebrecht – ambas já investigadas anteriormente pela Lava Jato. As duas empreiteiras distribuíram vantagens indevidas de, pelo menos, R$ 68.295.866 que representam quase 10% do valor do total da obra, segundo o MPF. Os valores eram direcionados, segundo o PF, para viabilizar o pagamento de vantagens indevidas para agentes públicos da Petrobras, do PT e dirigentes da Petros.

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