O futuro ministro da saúde, deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), anunciado hoje, via twitter, pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, afirmou em entrevista que o acordo que permitiu a participação dos cubanos no Mais Médicos parecia mais um convênio entre Cuba e o PT:
“Esse era um dos riscos de se fazer um convênio e terceirizando uma mão de obra tão essencial. Os critérios, à época, me parecem que eram muito mais um convênio entre Cuba e o PT, e não entre Cuba e o Brasil, porque não houve uma tratativa bilateral, mas, sim, uma ruptura unilateral”, criticou Mandetta.
Na avaliação de Mandetta, as condições nas quais o contrato para receber os médicos cubanos foi firmado expunha o serviço a riscos:
“Era um risco que a gente já alertava no início. Nós precisamos de políticas que sejam sustentáveis. As improvisações em saúde costumam terminar mal e essa não foi diferente das outras”, acrescentou o futuro ministro.
A referência do futuro ministro refere-se ao anúncio do governo cubano sobre a retirada de seus profissionais do Mais Médicos, após declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro.
O governo cubano, em comunicado divulgado na semana passada, avaliou as declarações de Bolsonaro como “referências diretas, depreciativas e ameaçadoras”.