O vai e vem de gente, carros, motos, bicicletas, ônibus e carrinhos de comércio ambulante começa cedo. A centenária Avenida Sete de Setembro, no Centro de Salvador, costuma madrugar e demora a dormir de volta: o lugar concentra a parte mais pulsante do comércio popular da capital baiana e, não à toa, milhares de pessoas passam por lá todos os dias.
Em 103 anos de história, a Avenida Sete já passou por intervenções de todo tipo. Agora, vai encarar outra mudança: uma revitalização urbana orçada em R$ 17,5 milhões, no trecho entre a Casa d’Itália e a Praça Castro Alves. A ordem de serviço será assinada nesta quinta-feira (25) pelo prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM).
As obras alcançarão um trecho de 1,2 quilômetro de extensão e as intervenções vão durar cerca de um ano e meio, estima a prefeitura. Elas serão executadas pelo Consórcio Nova Avenida Sete e supervisionadas pelo ER Castro Alves – uma exigência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), financiador as intervenções, que terão até trabalho de arqueologia.
De acordo com o titular da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Claudio Tinôco, estão previstas quatro etapas para a obra. Tânia Scofield, presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), responsável pelo projeto, explica que o prazo leva em consideração os intervalos de Natal, Carnaval e São João, quando as obras serão suspensas ou reduzidas para não atrapalhar as vendas do comércio local. De acordo com o Sindilojas, entre lojas e galerias, o complexo da Avenida Sete de Setembro e Joana Angélica tem cerca de 1,2 mil estabelecimentos.