Às vésperas do segundo turno das eleições, a Corregedoria Nacional de Justiça ratificou a recomendação sobre a imparcialidade que deve predominar no Judiciário. O alerta foi expedido às corregedorias dos tribunais, informando que devem adotar providências para garantir o bom funcionamento do sistema.Segundo a Agência Brasil, a advertência ocorre no momento em que há investigações internas abertas para apurar a conduta de magistrados que extrapolaram as normas e se manifestaram publicamente em favor de candidatos.
Em ofício circular, o corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, recomendou a instauração, no âmbito dos órgãos correicionais de cada tribunal, dos procedimentos necessários à apuração de condutas dos magistrados a eles vinculados que possam caracterizar descumprimento às normas.
Humberto Martins reiterou a proibição a qualquer tipo de atividade político-partidária aos membros da magistratura. Segundo a recomendação, a vedação não se restringe à prática de atos de filiação partidária, abrangendo também a participação em situações que evidenciem apoio público a candidato ou a partidos políticos. O ministro destacou ainda que, mesmo a despeito da nota de recomendação expedida pela Corregedoria Nacional de Justiça no último dia 5 de outubro, alguns magistrados persistiram manifestando-se publicamente contra ou a favor de candidatos, levando à instauração de procedimentos de natureza disciplinar.