De acordo com informações analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), as exportações baianas alcançaram US$ 728,7 milhões em setembro o que representa um recuo de 4,9% na comparação com igual mês de 2017. Apesar de ser o terceiro maior resultado do ano, os dados continuam mostrando uma desaceleração nos embarques desde julho após o represamento causado pela greve dos caminhoneiros. Já as importações cresceram pelo terceiro mês consecutivo, alcançando em setembro US$ 714,1 milhões, 34,9% acima do mesmo mês do ano passado.
A queda nas exportações é motivada pela redução do volume embarcado, que no bimestre agosto/setembro apresentou redução de 11,2% em relação a igual período do ano passado. Essa redução, no quantum, têm como motivação os efeitos da crise argentina sobre as vendas de veículos, e a redução nas vendas de algodão, celulose e cobre para a China, cuja indústria já apresenta arrefecimento em meio às disputas comerciais com os EUA.
O efeito da crise argentina nos embarques de produtos manufaturados baianos vem pesando no desempenho das exportações. Até setembro, as vendas do agregado caíram 7%, sobretudo pelo recuo dos embarques de automóveis e de produtos químicos ao país. A intensificação da crise no país vizinho castigou a venda de manufaturados baianos ao exterior nos últimos meses e ainda deverá ter impactos na balança comercial do estado até o fim do ano.