Há menos de uma semana das eleições, o ex-ministro do PT, Antônio Palocci entregou esquema de corrupção entre os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, ambos do PT, em delação feita à Polícia Federal e parcialmente divulgada pelo juiz Sérgio Moro.
Segundo Palocci, Lula participou de uma reunião no Palácio do Planalto na qual foi acertada propina de R$ 40 milhões para a campanha daquela que viria a ser sua sucessora. As acusações, negadas por Lula e Dilma, já haviam sido feitas em depoimentos anteriores de Palocci, informa a colunista Mônica Bergamo, da Folha.
Segundo Palocci, o PT ficava com 3% dos contratos de publicidade da Petrobras. No anexo 1 de sua delação, o ex-ministro afirma “que era comum Lula, em ambientes restritos, reclamar e até esbravejar sobre assuntos ilícitos que chegavam a ele e que tinham ocorrido por sua decisão; que a intenção de Lula era clara no sentido de testar os interlocutores sobre seu grau de conhecimento e o impacto de sua negativa”.
Palocci ainda relatou que houve a “ideia de nacionalização do projeto do pré-sal”, o que ocorreu “pelo aspecto social, de geração de empregos e desenvolvimento nacional, e objetivo, para atendimento dos interesses das empreiteiras nacionais, as quais tinham ótimo relacionamento com o governo”.
No documento, o ex-auxiliar de Lula também afirmou que seria “muito mais fácil discutir com a OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa contribuições para campanhas eleitorais do que se tentar discutir os mesmos assuntos com empresas estrangeiras”.