Enquanto candidatos ao Planalto e ao Congresso prometem disputar parte dos mais de R$ 20 bilhões anuais do Sistema S para outras áreas, o novo presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros, promete lutar para blindar o orçamento dos serviços sociais e de aprendizagem (Sesi, Senai, Senac, Sesc, Sest, Senar e Sebrae) tocados pelas principais entidades representantes do empresariado brasileiro.
“Assim que tomar posse, em novembro, irei procurar os governantes eleitos para fazer uma defesa consistente do Sistema S. É preciso lembrar a eles que se trata de recursos privados que são empregados pelas confederações dos setores da economia em ações que deveriam caber ao Estado. Ou seja, assumimos esse papel sem ônus algum para o governo”, afirma Tadros, que assumiu o cargo na última quinta-feira.
O executivo rechaça a avaliação de que a aplicação dos recursos do Sistema S seria pouco transparente, sendo às vezes até mesmo chamada de uma “caixa preta” por especialistas em orçamento. “Isso é uma inverdade e uma injustiça. O Sistema S é altamente fiscalizado, com um conselho fiscal formado por cinco membros indicados pelo governo e dois pelos empresários. Também há fiscalização regular pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU)”, argumentou.