O dólar voltou fechar abaixo de R$ 4 no pregão de hoje (27), seguindo a tendência de queda do dia anterior. Por hora, o mercado financeiro de acompanha atento o cenário eleitoral, mas o bom humor prevaleceu, em dia bastante favorável no exterior para países emergentes.
Na mínima do dia, a moeda americana chegou a R$ 3,9673. O dólar turismo, por sua vez, fechou negociado a R$ 4,17.
A alta da moeda americana arrefeceu um pouco, mas o consumidor ainda poderá sentir a alta do dólar acumulada nas últimas semanas em vários aspectos, desde o abastecimento do carro com gasolina à compra do pão francês, que tem, dentre seus ingredientes básicos, o trigo, de cotação atrelada ao mercado internacional.
A inflação captada pelo Índice Geral de Preços ao Marcado (IGP-M) fechou setembro em alta de 1,52%, o que resulta num acumulado de 10,04% nos últimos 12 meses. O índice capta os preços de atacado, que estão represados ao consumidor, por conta da fragilidade da economia, que não consegue engatar a recuperação, embora o pior a recessão tenha ficado para trás.
De acordo com a agência Reuters, o mercado de câmbio refletiu o fluxo de ingresso de recursos para o país, com os investidores menos assustados quanto ao cenário eleitoral em sessão ainda marcada pela melhora no cenário externo, depois que o Federal Reserve (BC dos EUA) elevou a taxa básica de juros nos Estados Unidos.
A recente disparada do dólar aconteceu em meio a incertezas sobre o cenário eleitoral e em meio a um cenário externo turbulento, o que faz aumentar a procura por proteção em dólar.
O mercado financeiro trabalha com a perspectiva de que o dólar feche 2018 no patamar de R$ 3,90, segundo o último boletim Focus do Banco Central. Para o fechamento de 2019, avançou de R$ 3,75 para R$ 3,80 por dólar.
O movimento de alta do dólar é determinado em função dos investidores, que assumem uma posição mais conservadora na gestão dos seus ativos. Na avaliação do mercado, os candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto são menos comprometidos com determinados modelos de reformas econômicas, considerados fundamentais para o ajuste das contas públicas.
Com isso, eles passaram a comprar dólares em resposta a pesquisas que mostram intenção de voto mais baixa para candidatos considerados mais pró-mercado.