Três em cada 10 eleitores admitem mudar seus votos para evitar que um outro candidato ganhe nas eleições presidenciais de outubro. É o que mostra pesquisa Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta quarta-feira, 26.
Isso significa que 28% das pessoas ouvidas dizem que tem probabilidade “alta” ou “muito alta” de alterarem seu voto a fim de evitar a vitória de um presidenciável indesejável, quando questionadas sobre “qual a probabilidade de você deixar de votar no candidato de sua preferência, para evitar que outro que você não gosta, vença?”.
Outros 18% classificaram como “média” essa probabilidade. Já 48% citaram como “baixa” ou “muito baixa” as chances de uma mudança de voto por esse motivo. Além deles, 6% não sabem ou não responderam a pergunta.
O porcentual de mudança pelo voto útil é mais propenso, principalmente, entre os eleitores de Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT). Aproximadamente 36% dos eleitores tucanos admitem probabilidade “alta” ou “muito alta” de mudança de voto para evitar a vitória de outro presidenciável. Entre os eleitores de Ciro Gomes, esse mesmo porcentual alcança 35%.
Já os eleitores de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) são menos propensos a mudarem de voto. Segundo a pesquisa, 58% dos eleitores do candidato do PSL tratam como “baixa” ou “muito baixa” a possibilidade de mudança de voto. Entre os que apontam Haddad como candidato, essa probabilidade é “baixa” ou “muito baixa” para 46%.