Se o consumo no varejo da Bahia vai mal, com queda de 1,7% nas vendas, de abril para maio, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada em junho, o mesmo não se pode dizer do varejo eletrônico, que faturou R$ 1 bilhão com pedidos provenientes do estado no primeiro semestre de 2018. Segundo a 38ª edição do Webshoppers 38, estudo produzido pela Ebit|Nielsen, referência em informações sobre o e-commerce brasileiro, o consumo de produtos do varejo eletrônico por parte dos baianos corresponde a 4,2% do total nacional, estimado em R$23,6 bilhões, e a 31% do consumo da região Nordeste.
Com mais comodidade, opções de preços em conta e possibilidade de planejar melhor as compras, o consumidor da Bahia busca na internet o que poderia até encontrar no comércio físico local, mas dependeria de mais paciência para esperar o produto chegar à cidade e ser colocado à venda. No caso da publicitária Monique Maione, uma carioca de 28 anos que não gosta de perder tempo quando se fala de estar na moda, comprar por meio da internet um par de tênis com solado alto, cujo modelo ela tinha visto em uma viagem a São Paulo, foi uma decisão rápida.
“Pode ser que venda aqui em Salvador, já vi parecido, mas nunca vi um com um salto alto assim como esse”, ela disse, informando em seguida que pagou R$ 159 no calçado comprado há dois meses, com frete gratuito. “Acho que vi um tênis desses numa loja aqui esses dias, mas não era todo branco, como eu queria”. Comprar pela internet tem facilitado a vida de Monique. Ao invés de ficar esperando o dia certo – que nem sempre chega – para ir à rua comprar itens que necessita para a casa, ela tem feito isso pelo mundo virtual. No início do ano, por exemplo, gastou quase R$ 500 com almofadas, secador de cabelos, toalha e roupa de cama.