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BAHIA NÃO POSSUI BANCO DE PELE PARA QUEIMADOS

Redação - 03/09/2018 07:00

A população baiana dispõe de dois pontos de atendimento às vítimas de queimadura, inclusive para a necessidade de cirurgia, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab): o HGE e o Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus. No entanto, o estado ainda não conta com o banco de pele, sendo necessário trazer de outros estados ou de fora do país, quando há necessidade de enxerto de tecido que não seja retirado do corpo do paciente.

O coordenador do Serviço de Cirurgia Plástica e do Centro de Tratamento de Queimados do HGE, Marcus Barroso, explica a complexidade desse tipo de intervenção. “O transplante de pele necessita de uma equipe de microcirurgiões e acontece com a retirada de uma lâmina fina de uma região não queimada do paciente – de preferência, a coxa –, que vai se integrar e fazer a cobertura. Já os pacientes que tiveram queimaduras em muitas regiões do corpo e não dispõem de pele saudável, se usa pele de boi ou de porco, o colágeno, ou peles de banco de doadores, realizando o mesmo método cirúrgico”, destaca ele.

Apesar da ausência de banco de pele, Barroso garante que a Bahia possui, hoje, os materiais mais modernos do mercado no tratamento de queimaduras e feridas graves. “As cirurgias mais comuns são as que envolvem enxerto de pele, seja a pele do próprio paciente ou proveniente de banco de pele ou, até mesmo, uma pele artificial, feita com colágeno bovino e de porco”, comenta ele.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil deveria ter 13 bancos de pele, no entanto, existem apenas três em funcionamento, em São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. Segundo a própria pasta, os bancos não suprem 1% da necessidade de pele do país.

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