O ambiente de trabalho reserva aos seus interlocutores e participantes situações comuns de compartilhamento de saberes, espaços, experiências e convivências, por vezes muito positivas, mas, algumas vezes, entrecortadas por circunstâncias pouco comuns e até indesejadas. Neste ambiente, é possível encontrar o profissional otimista, proativo, cheio de iniciativas e voltado a servir, a agir e a trabalhar da melhor maneira. Mas, também é possível encontrar o trabalhador insatisfeito, triste, pouco envolvido com os seus compromissos e alheio ao ideal coletivo representado pelo espírito de equipe natural das relações entre colegas.
Foi a partir da análise dessas perspectivas que a Secretaria Municipal da Educação de Itabuna (SME) proporcionou aos seus colaboradores diretos um momento de reflexão em torno do tema “Relações interpessoais: eu e o ambiente de trabalho”, num curso de formação específico realizado na tarde desta terça-feira (28) no Salão Paroquial da Igreja Santa Rita de Cássia, no bairro São Caetano. Na abertura dos trabalhos, o professor-ator Lucas Oliveira, colaborador da secretaria, arrancou risadas dos colegas ao encenar situações do trabalhador insatisfeito, incapaz de se sensibilizar com os compromissos assumidos e/ou com os colegas de trabalho.
A secretária da Educação, professora Nilmecy Gonçalves, desejando as boas-vindas, suscitou a parábola chinesa do “copo cheio”, que trata das pessoas que pensam que não precisam aprender nada mais. A pedagoga e psicóloga Geysa Rocha, convidada, explanou sobre aspectos que podem favorecer e enfraquecer o trabalho em equipe, considerando-se as limitações e potencialidades individuais.
A apresentação da professora Rocha envolveu comparações, análise de situações-problemas e consequências gerais do ambiente pouco colaborativo, como os conflitos e as doenças ocupacionais. Para ela, “tudo o que se revela no espaço do trabalho perpassa pela questão da inteligência emocional, as vezes pouco observada no dia-a-dia das pessoas”, revelou. O curso de formação envolveu diretamente 90 integrantes da equipe SME. Para Fredson Andrade dos Santos, Agente de Obras, esse momento é importante porque ajuda a reconhecer o papel de cada um no trabalho, “num aspecto de auto-reconhecimento e reconhecimento do outro”, disse o colaborador.