A tragédia com a lancha Cavalo Marinho I completou um ano nesta sexta-feira (24). No total, morreram 19 das 124 pessoas que estavam a bordo da embarcação. O serviço ficou suspenso após o acidente por cinco dias. Segundo o Correio, o medo foi um passageiro comum da viagem para muitas pessoas que desembarcaram em Salvador. A arquivista Edleusa Machado não confia nos equipamentos de proteção oferecidos pelas embarcações. “Decidi comprar o meu próprio colete. Sempre que solicitava o dos barcos recebia olhares e as pessoas ficavam me dizendo que não tinha necessidade. Só que pra mim tem, sempre que vem uma onda mais forte minha pressão sobe pra 20 e agora com meu colete consigo viajar mais tranquila.”, fala Edleusa.
Próximo a Edleusa estava o presidente da Comissão de Proteção ao Direito do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil – seção Bahia (OAB-BA), Mateus Nogueira, responsável por organizar a Operação Navegar Seguro, um ação conjunta, realizada hoje na travessia de 12 km, entre diversos órgãos para fiscalizar os direitos do consumidor e as condições de navegação dos passageiros.
“Nós precisamos entender que, na condição de concessionária de um serviço público de transporte, os operadores e empresas que fazem a travessia precisam oferecer um serviço seguro aos passageiros. Esse serviço contempla informações e esclarecimentos inequívocos para todos. Isso inclui o uso do colete, a forma de usar, o momento em que devemos usar e o que fazer em situações de emergência. Na ação que estamos realizando hoje vamos perguntar aos passageiros se esses procedimentos estão acontecendo e se eles se sentem seguros com a prestação de serviço”.
Segundo o diretor de fiscalização do Procon, Iratan Vilas Boas, o consumidor é um personagem fundamental para que os serviços prestados à população tenham a devida efetividade e não aconteçam tragédias como a do Cavalo Marinho. “Apesar de nossos esforços, não temos como vigiar tudo ao mesmo tempo. Da mesma forma que não há um policial para cada cidadão, não há um fiscal para cada ocorrência que acontece na cidade. Fiscalizamos cinemas, estádios, mercados e tudo que envolve o consumidor. É um universo muito grande e por isso a participação das pessoas é fundamental para o Procon deslocar as equipes necessárias e agir em cima de toda a situação necessária.”