Morreu no final da manhã desta terça feira, 31, após meses de complicações cardíacas, aos 96 anos, o jurista Hélio Bicudo. Segundo informações do Estadão, o jurista estava em sua casa, nos Jardins — e seus familiares não decidiram ainda o local para o velório. Uma de suas últimas atividades públicas foi participar das manifestações contra Dilma Rousseff, em São Paulo, e preparar, ao lado de Miguel Reale Jr. e Janaina Paschoal, a peça que embasou o pedido de impeachment da então presidente no Congresso.
Professor de Direito no Largo de S. Francisco, Bicudo foi um importante militante dos direitos humanos desde os anos 70, e se notabilizou pelo combate, naquela época, ao Esquadrão da Morte, que agia em São Paulo. Em sua carreira passou pela Procuradoria Geral em SP, foi presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos e, entre 2001 e 2004, foi vice-prefeito paulistano na gestão de Marta Suplicy.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a saúde do advogado era frágil desde 2010, quando sofreu um AVC. Piorou em março deste ano, quando morreu sua mulher, Déa Pereira Wilken Bicudo, após 71 anos de casamento. Ele deixa sete filhos, netos e bisnetos.