O Índice de Confiança Empresarial (ICE) medido pela Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) subiu 0,9 ponto em julho, para 91,6 pontos, recuperando parte da queda de 2,0 pontos de junho. O número já considera ajustes sazonais e representa o primeiro aumento em quatro meses.
De acordo com a FGV, a alta reflete a “recuperação gradual” do setor produtivo após a greve dos caminhoneiros. A maior contribuição para a recuperação do índice foi dada pelo subíndice da Situação Atual (ISA-E), que subiu 1,1 ponto, para 90,3 pontos, maior nível desde julho de 2014 (90,7 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE-E) caiu 0,2 ponto, para 97,2 pontos.
Segundo o superintendente de Estatísticas Públicas do IBRE/FGV, Aloisio Campelo Jr., a alta do subíndice de Situação Atual indica que “a roda da economia continua girando, ainda que lentamente”. Porém, a queda do Índice de Expectativas sinaliza que “a redução de otimismo dificilmente será revertida até que as incertezas eleitorais se dissipem.”
O ICE consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pelo Ibre/FGV: indústria, serviços, comércio e construção. O índice da construção subiu 1,7 ponto, enquanto o da construção subiu 0,8 ponto. Já a confiança do comércio caiu 0,8 ponto e o da indústria ficou estável. Para elaborar o índice de julho de 2018, o Ibre/FGV coletou informações de 4,8 mil empresas entre os dias 02 e 25 do mês.