

A redução de R$ 2,6 bilhões no total da dívida pública, a conquista da liderança inédita em investimentos entre os estados brasileiros, consolidando R$ 20,8 bilhões em recursos aplicados nos últimos três anos pela gestão do governador Jerônimo Rodrigues, e a manutenção do equilíbrio fiscal foram alguns dos principais marcos da gestão das contas do Estado da Bahia em 2025. Os resultados foram obtidos, de acordo com a Secretaria da Fazenda (Sefaz-Ba), por meio do aprofundamento da Agenda Bahia de Gestão, que reúne políticas de qualidade do gasto público, modernização do fisco para adequação à Reforma Tributária e combate à sonegação.
Com um total de R$ 4,12 bilhões desembolsados nas áreas social e de infraestrutura entre janeiro e agosto deste ano, a Bahia tornou-se líder em investimentos entre os estados brasileiros, superando São Paulo, que investiu R$ 3,66 bilhões no período e ficou em segundo lugar. Trata-se da primeira vez em mais de uma década que a Bahia ultrapassa o mais rico estado brasileiro no ranking dos maiores volumes de investimentos do país.
O governo baiano, que tem um orçamento cinco vezes menor que o paulista, havia se consolidado na vice-liderança em valores absolutos investidos, sempre com São Paulo à frente. Os dados estão disponíveis no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro – Siconfi, da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Desde janeiro de 2023, a atual gestão já investiu ao todo R$ 20,2 bilhões.
Dívida cai
Em 2025, além de se destacar pelos investimentos realizados, o Estado da Bahia reduziu a sua dívida em R$ 2,6 bilhões, ao cumprir um rigoroso cronograma de quitação dos valores devidos. O levantamento da Sefaz-Ba toma por base os dados da contabilidade do Estado, obtidos conforme orientação da STN, por intermédio do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP.
De acordo com o levantamento, a dívida consolidada, que reúne todos os compromissos assumidos pelo governo baiano junto a instituições financeiras ao longo de décadas por sucessivas gestões, caiu de R$ 35,3 bilhões em dezembro de 2024 para R$ 32,7 bilhões em outubro deste ano. A relação entre a dívida consolidada líquida e a receita corrente líquida, por consequência, também voltou a cair, de 33% em agosto para 31% em outubro. Em dezembro de 2024, a dívida correspondia a 37% da receita.
O secretário da Fazenda, Manoel Vitório, observa que a aparente contradição entre o ingresso de novos recursos via empréstimos e a permanência da dívida em baixo patamar se explica pelo perfil de bom pagador do Estado da Bahia, com amortizações regulares do passivo. O secretário ressalta, no entanto, que, embora os empréstimos sejam uma fonte de financiamento legítima, o caixa estadual demonstra solidez e equilíbrio fiscal ao bancar a maior parte das obras. Ele lembra que a Bahia cumpre com folga a regra de ouro para finanças públicas, segundo a qual um governo não pode investir menos que o obtido via empréstimos: dos investimentos já realizados, 74% contaram com recursos próprios.
Foto: Feijao Almeida/GOVBA.



