Às vésperas do Natal, os Correios enfrentam o pior desempenho do ano nas entregas de encomendas, com atrasos generalizados em todo o país. A queda na qualidade do serviço é atribuída à crise financeira da estatal e à paralisação de funcionários em estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.
O índice de entregas dentro do prazo, que já vinha em declínio ao longo do ano por causa de dívidas com fornecedores, está agora abaixo de 70% na média nacional. Segundo o jornal O Globo, em algumas regiões o percentual cai para cerca de 50%, o que indica que pelo menos 30% das encomendas estão atrasadas neste mês.
A direção dos Correios avalia que a normalização do serviço depende do pagamento de débitos acumulados, principalmente com fornecedores, o que exige reforço imediato no caixa da empresa, atualmente negativo. Para isso, a estatal negocia um empréstimo de R$ 12 bilhões com um consórcio de bancos, incluindo Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, com previsão de receber R$ 10 bilhões até 31 de dezembro.
Os recursos devem viabilizar um plano de reestruturação que prevê um programa de demissão voluntária para cerca de 15 mil funcionários e o fechamento de aproximadamente mil agências. Também estão previstas parcerias com o setor privado para ampliar a oferta de serviços e aumentar a receita.
Foto: Agência Brasil
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