

Em 2023, o Cadastro Central de Empresas do IBGE (CEMPRE) contabilizou em atividade, na Bahia, 39.898 fundações privadas e associações sem fins lucrativos (FASFIL), que empregavam 123.380 pessoas.
As FASFIL baianas representavam 8,0% do total de 498.785 unidades locais de empresas ativas, naquele ano, considerando todas as naturezas jurídicas (entidades empresariais privadas, administração pública e entidades sem fins lucrativos), e respondiam por 4,8% do pessoal assalariado em organizações formais no estado.
A Bahia tinha o 5º maior número absoluto de fundações privadas e associações sem fins lucrativos e a 4ª maior participação delas no total de empresas, entre as unidades da Federação. Também era o estado com o 6º maior número de pessoas trabalhando nessas organizações e a 8ª maior participação delas no total de assalariados.
Em 2023, no Brasil, havia 596.259 fundações privadas e associações sem fins lucrativos, que representavam 5,3% das 11,3 milhões de unidades locais das organizações ativas. Elas empregavam, nacionalmente, 2.684.780 pessoas, que representavam 5,1% do pessoal ocupado assalariado nas organizações formais.
Entre os estados, a participação das FASFIL no total de unidades locais empresariais era maior do que a da Bahia (8,0%) apenas no Acre (9,1% do total de empresas eram FASFIL), em Rondônia (8,1%) e no Maranhão (8,0%). Por outro lado, mesmo com o maior número absoluto de fundações e associações sem fins lucrativos, São Paulo tinha a menor participação delas no total de unidades locais empresariais (3,4%), seguido por Paraná (4,7%) e Mato Grosso (4,7%).
Em termos de geração de emprego, as FASFIL tinham uma importância maior no Rio Grande do Sul (onde respondiam por 6,8% do pessoal ocupado assalariado em organizações formalizadas), São Paulo (6,4%) e Minas Gerais (5,9%). As menores participações estavam em Roraima (1,1%), Paraíba (1,6%) e Rondônia (1,7%).
Entre 2022 e 2023, o número de FASFIL aumentou em todas as unidades da Federação. Na Bahia, houve alta de 0,4% no total dessas entidades, que passaram de 37.980 para 39.898, com um saldo positivo de 1.918 FASFIL em um ano. O crescimento no Brasil como um todo foi de 0,2%, de 573.326 para 596.259, ou mais 22.933 entidades em um ano.
O maior número de FASFIL levou também a um aumento do total de pessoal assalariado nessas organizações, no Brasil como um todo e em 24 dos 27 estados.
Na Bahia, o total de empregados nas fundações e associações sem fins lucrativos cresceu 0,1% entre 2022 e 2023 (de 120.591 para 123.380, ou mais 2.789). A variação positiva foi um pouco menor do que a nacional, de 0,2% ou mais 87.019 trabalhadores assalariados nas FASFIL, no país. Houve quedas no número de trabalhadores apenas em Roraima (-0,08%), Amazonas (-0,04%) e Paraíba (-0,04%).
As FASFIL baianas pagavam, em média, 2,1 salários mínimos mensais a seus empregados, o que equivalia, em valores de 2023, a R$ 2.772. Era um salário médio 8,7% menor do que o pago pelo total de unidades locais empresariais formais no estado (2,3 salários mínimos, que equivaliam a R$ 3.036).
No Brasil como um todo, o salário médio das FASFIL, em 2023, era 2,8 salários mínimos (R$ 3.696), igual ao pago pelo total de unidades locais de empresas formalizadas. As FASFIL da Bahia pagavam apenas o 16º salário médio entre as 27 unidades da Federação, num ranking liderado por Distrito Federal (3,9 salários mínimos), São Paulo (3,2) e Rio Grande do Sul (3,0). No outro extremo, Amapá (1,7 salário mínimo), Tocantins (1,7) e Rondônia (1,8) eram os estados onde as fundações privadas e associações sem fins lucrativos pagavam menos.
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