SETOR PETROQUÍMICO NO BRASIL E NA BAHIA ESTÁ OTIMISTA COM NOVIDADES, PORÉM MELHORA DEVE DEMORAR UM TEMPO MAIOR

O setor Petroquímico da Bahia e do Brasil está otimista com algumas novidades que surgiram no setor nos últimos tempos. Dentre elas o Prezi, que é um projeto que visa incentivar o investimento para a sustentabilidade no setor. Mais investimentos do setor privado e a situação da macroeconomia para o petróleo estão no centro desse debate que na Bahia tem uma de suas representações na Braskem

Em entrevista ao portal Bahia Econômica, o superintendente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Vladson Menezes comentou quais as expectativas para o setor a nível Brasil e a nível Bahia. Segundo o especialista, o cenário é desafiador e devido a questões como a lei de oferta e demanda, mercado Chinês, dentre outros, mas também tem pontos positivos como o Prezi e os novos incentivos.

“O setor petroquímico tem passado por dificuldades e a reversão desse quadro ela não é imediata. A invasão de mercados como o Chinês tem sido um desafio para o setor. Um outro elemento que a gente tem pela frente. É a questão do fato de que ainda temos um excedente muito grande de capacidade produtiva no mercado. Se eu pegar a capacidade de oferta mundial, ela é muito maior do que a demanda mundial. E eu tenho uma parte da demanda que está restrita, que é o mercado americano, principalmente. Então, esse movimento de sobrecapacidade, que normalmente acontecia em ciclos de 4, 5 anos, está demorando e deve demorar mais. Então, as perspectivas da petroquímica, elas não são fortemente positivas, por exemplo. Entretanto, tem alguns elementos que a gente pode citar que podem melhorar o quadro, como por exemplo, o Prezi, que é um programa que incentiva”, disse

Sobre a Braskem, Vladson afirmou que os novos controladores vão enfrentar esse cenário e com isso o movimento de recuperação deve demorar um pouco mais.

“O novo arranjo societário da Braskem precisa de tempo para ser analisado com clareza que a gente precisa ter mais clareza e a partir daí desses movimentos de mercado e de algumas medidas que vêm já acontecendo de proteção comercial, seja anti-dumping, seja a lista de acessão à tarifa externa comum, se eu somar esses movimentos, ao longo do tempo nós podemos nos recuperar, mas não imediatamente para agora. Em 2026”, disse.