quarta, 17 de dezembro de 2025
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BAHIA EM 2026: CRESCIMENTO MODERADO, JUROS ELEVADOS E INDÚSTRIA EM RITMO CONTIDO

João Paulo - 17/12/2025 18:07

O cenário econômico internacional segue marcado por incertezas geopolíticas, tensões comerciais e políticas protecionistas, mas mantém um crescimento resiliente até 2026, ainda que em ritmo mais lento. De acordo com projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia mundial deve crescer 3,1% em 2026, com desaceleração nas economias avançadas e desempenho ainda relevante das economias emergentes, apesar da perda de fôlego da China.

No Brasil, o ambiente econômico combina sinais positivos e desafios estruturais. O mercado de trabalho permanece aquecido, com taxa de desemprego de 5,6% em outubro de 2025 — a menor desde o início da série histórica em 2012. Por outro lado, a atividade econômica mostra desaceleração, com crescimento projetado de 2,25% para 2025 e expectativa de apenas 1,8% em 2026, segundo o Relatório Focus do Banco Central.

Entre os principais pontos de atenção estão o elevado nível dos juros reais — o segundo maior do mundo —, a dificuldade do governo em gerar superávits primários, o aumento da dívida pública e a tendência de queda nos saldos comerciais, apesar de ainda expressivos. O cenário internacional incerto, marcado por disputas tarifárias e menor dinamismo global, somado às eleições presidenciais de 2026, pode pressionar ainda mais o quadro fiscal.

Bahia mantém relevância econômica e industrial

Mesmo diante desse contexto, a Bahia segue como um dos principais polos econômicos do país. O estado é a 7ª maior economia do Brasil, responde por 29% do PIB do Nordeste e lidera a indústria regional, concentrando 33,4% do Valor da Transformação Industrial (VTI) do Nordeste. Também é o maior exportador da região, responsável por 45,2% das vendas externas nordestinas no primeiro semestre de 2025. O mercado de trabalho baiano acompanha a tendência nacional de aquecimento. No terceiro trimestre de 2025, a taxa de desemprego estadual caiu para 8,5%, a menor da série histórica iniciada em 2012. O emprego industrial, impulsionado principalmente pela construção civil, deve alcançar em 2025 o maior nível já registrado.

 

Crédito: Valter Pontes / Coperphoto / Sistema FIEB

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