

As primeiras 1,3 milhão de doses, já fabricadas, serão destinadas inicialmente a profissionais da Atenção Primária à Saúde, como agentes comunitários de saúde, agentes de combate às endemias, enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos que atuam em Unidades Básicas de Saúde e em visitas domiciliares. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e a previsão é que esse quantitativo esteja disponível até o fim de janeiro de 2026.
Com o aumento da capacidade produtiva e a ampliação da oferta ao Ministério da Saúde, a vacinação será estendida ao público geral. A estratégia prevê o início da imunização pelos adultos mais velhos, a partir de 59 anos, com expansão gradual para as demais faixas etárias, até alcançar pessoas a partir de 15 anos.
A produção em larga escala será viabilizada por meio de uma parceria entre o Instituto Butantan e a empresa chinesa WuXi Vaccines, que firmaram acordo de transferência de tecnologia e desenvolvimento conjunto. Parte das doses prontas também será utilizada em uma estratégia específica no município de Botucatu, no interior de São Paulo, onde a vacinação da população entre 15 e 59 anos será antecipada para avaliação da efetividade do imunizante em contexto real.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina apresenta eficácia de 74,7% contra casos sintomáticos de dengue em pessoas de 12 a 59 anos e proteção de 89% contra formas graves e com sinais de alarme. O registro do imunizante já foi anunciado pela agência reguladora.
Atualmente, o SUS já disponibiliza uma vacina contra a dengue aplicada em duas doses, destinada a adolescentes de 10 a 14 anos. Apesar da redução de casos e óbitos em relação a 2024, o Ministério da Saúde reforça que o combate ao mosquito Aedes aegypti segue sendo fundamental e mantém campanhas de prevenção em todo o país.
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil



