As transformações aceleradas pela tecnologia e pelas mudanças sociais já estão redesenhando o mercado de trabalho. Até 2030, novas carreiras devem ganhar espaço, enquanto outras tendem a se reinventar. Especialistas apontam que a adaptabilidade e a requalificação contínua serão as principais competências exigidas dos profissionais do futuro.
Segundo a professora Patrícia Nogueira, especialista em Tecnologia da Informação, carreiras ligadas à inteligência artificial, análise de dados e segurança digital estão entre as mais promissoras. “Estamos vivendo uma era em que os dados se tornaram o principal ativo das empresas. Profissionais que consigam interpretar informações e aplicá-las de forma estratégica terão uma grande vantagem competitiva. Além disso, áreas como cibersegurança e programação são praticamente garantias de empregabilidade para os próximos anos”, explica.
No campo da Administração, o cenário exige inovação e novas habilidades de liderança. O professor Fábio Carvalho destaca que os gestores precisarão ir além da visão técnica. “Não será suficiente entender apenas de números ou planilhas. O administrador do futuro deve ter competências relacionadas à análise crítica, visão sistêmica, liderança humanizada e capacidade de tomar decisões em cenários complexos. A gestão estratégica de pessoas e o olhar inovador serão diferenciais importantes”, afirma.
Já na Comunicação, a tendência é de profissionais cada vez mais versáteis, capazes de lidar com múltiplas linguagens e ferramentas digitais. Para a jornalista e professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Estácio, Karliete Nunes, a integração entre criatividade e tecnologia será determinante. “O comunicador precisará dominar tanto a produção de conteúdo humanizado quanto o uso de ferramentas de inteligência artificial. O futuro da profissão não está em escolher entre um ou outro, mas em unir a sensibilidade humana às soluções tecnológicas”, ressalta.
De acordo com os especialistas, a requalificação profissional será palavra de ordem nos próximos anos. A formação continuada, com atualização constante de conhecimentos, deve ser decisiva para garantir espaço no mercado. “Não se trata apenas de prever quais profissões existirão, mas de entender que a adaptabilidade será a maior competência exigida. O profissional que estiver disposto a aprender continuamente terá mais chances de se manter relevante”, conclui Patrícia Nogueira.
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